O Benfica conquistou a 12.ª Taça de Portugal da sua história. Um feito bastante festejado pelos jogadores, técnicos e dirigentes do clube da Luz, ou a vitória neste troféu não significasse o fim de um longo jejum, que data da época 2001/2002, quando venceu esta mesma competição, batendo na final o OC Barcelos, em Sintra. Mas se na Taça de Portugal a distância era já de nove anos, do Campeonato Nacional o tempo é muito maior: 12 anos.
Para Luís Sénica, o treinador que esta época tomou o leme de uma das modalidades mais antigas do clube, e para o restante grupo de trabalho, esta vitória na segunda competição de clubes mais importante do calendário federativo nacional, pode constituir um "final feliz", de uma temporada que não correu, exatamente como era pretendido. Terminar em 5.º lugar o Nacional da I Divisão não era, de certo a posição esperada pelos responsáveis benfiquistas. Depois, os casos de Caio e da Teça CERS também não ajudaram em nada a tranquilizar o Benfica. No caso Caio, uma alegada má inscrição do jogador, entretanto a cumprir castigo, motivou a perca de três pontos no jogo com a Juventude de Viana e a descida na classificação.
Na prova europeia, para qual o Benfica se tinha qualificado brilhantemente para a final-four, a candidatura aceite pelo CERH para que a fase final se realizasse no Pavilhão Império Bonança, na Luz, acabou por ser transferida para Torres Novas, pelo Comité Europeu, o que originou um coro de protestos por parte do Benfica e mesmo uma tomada de posição muito forte por parte do presidente do clube, Luís FIlipe Vieira.
Para completar o clima de intranquilidade vivido no seio do grupo de trabalho, surge a demissão do director da modalidade, António Ramalhete, há muito incompatibilizado com o treinador, Luís Sénica. Sem director desportivo, mas com muita vontade de encerrar a temporada com chave de ouro, o Benfica surgiu em Paço de Arcos com vontade de voltar a conquistar um troféu importante. E conseguiu-o com brilhantismo, realizando, na final, a melhor exibição da época 2009/2010.
Agora há que pensar no futuro. Reestruturar a secção, com um novo director desportivo. Luís Sénica, com a força que ganhou com o discurso do presidente Luís Filipe Vieira, em Macau, pode agora construir um plantel mais à sua medida, sabendo que o hóquei em patins não acaba no clube.
VÍTOR VENTURA in A Bola online
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