Já sabemos como é mas temos que estar de olhos bem abertos. O Benfica é a única equipa portuguesa que vende papel de jornal e, chegados ao defeso da época futebolística, há mais jornais que tentam salvar a própria época especulando acerca do plantel do "Glorioso". E lá vêm camionetas de guarda-redes, paletes de defesas, grosas de médios, carregamentos de avançados. Nem sempre são necessariamente os jornais que especulam. Há agentes e agências, e até jogadores que anunciam transferências para lançar o barro à parede, a ver se pega. Como há outro tipo de manipulação, de manifesta má-fé, que procura deixar mal uma equipa que cada vez tem mais invejosos a quererem derrotá-la fora de campo. Cada jogador anunciado que não se confirma, mesmo que não tenha passado de uma miragem feita notícia de jornal, é uma derrota que se procura averbar na credibilidade do "Glorioso". O saldo que fica é "falharam a contratação", "não conseguiram", "não chegaram lá". O Benfica tem gerido bem o que diz e o que não diz. Não pode passar a vida a desmentir atoardas, mas também não pode calar por muito tempo, e assim aparentemente consentir, perante as fantasias destinadas a vender jornais ou a tentar inferiorizar uma equipa de crédito mundial. Em geral, por esta altura do campeonato, já nos encheram o balneário de supostos reforços. Este ano, porém, as coisas estão a funcionar em sentido inverso e a crer nas parangonas já teria saído do Benfica mais de meia equipa. Anda por aí muito jogo sujo e interesseiro disfarçado de notícia. Ou pensam que a batota no futebol é apenas inventarem cartões para nos cortarem uma asa no jogo seguinte do campeonato?
João Paulo Guerra in "O Benfica"
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