Depois do empate consentido na Luz, faz agora oito dias, o Benfica impôs-se, ontem, em Marselha (2-1) e qualificou-se para os quartos de final da Liga Europa. Já o Sporting, que cedeu em Alvalade uma igualdade com golos (2-2), frente a um muito acessível At.Madrid, desperdiçou excelente ensejo de continuar também em prova.
Jorge Jesus não fez quaisquer poupanças no escalonamento da equipa, tendo em conta a partida de domingo com o FC Porto. O jogo europeu justificava a prioridade e se o "cérebro" Aimar não actuou agora de início tal ficou a dever-se à preferência do técnico pelo estilo mais agressivo de Carlos Martins, considerando as características da defensiva contrária.
Pode dizer-se que o Benfica jogou como se em sua casa estivesse. Controlando a meio terreno e explorando bem as faixas - sobretudo a esquerda, onde Di Maria voltou a dar espectáculo, bem auxiliado pelo outro esquerdino, Coentrão - a equipa portuguesa tomou conta do jogo, com o Marselha a optar por uma posição de maior expectativa, dado que o nulo inicial só ao Benfica não convinha.
E mesmo quando Niang e Brandão se atreviam a maiores incursões, o Benfica sabia fechar bem, raramente consentindo veleidades. Um remate perigoso de Lucho constituiu excepção, fazendo recordar lance semelhante ocorrido na Luz. Muito pouco, se comparado com o caudal ofensivo dos encarnados, que atiraram ao poste (Cardozo) e, entre outros apertos, viram Ramires ser empurrado na área.
Na 2ª parte, o Benfica continuou mais ameaçador, Luisão falhou uma boa ocasião, mas foi o Marselha a adiantar-se com um golo de Niang, após insistência de Brandão. Nada de preocupante. Afinal, se antes já o Benfica necessitava de um golo, de um golo continuou a necessitar, após o 1-0. E não foi coisa que não se arranjasse. Cinco minutos depois, Maxi encheu o pé e pôs tudo empatado.
Ao contrário do Marselha, que parecia apostar no prolongamento, o Benfica tentou logo ali ganhar o jogo. As entradas de Aimar e, depois, de Kardec mantiveram a equipa na mó de cima, os lances de perigo junto à baliza de Mandanda sucederam-se e, mesmo a fechar, o tal Kardec arrumou a questão.
Depois de um banho de futebol (e do mau perder do Marselha), o Benfica qualificou-se com toda a justiça, acabando de vez também com a velha história da mão de Vata. Ontem, não houve lugar para desculpas.
Em Alvalade, o Sporting deixou escapar um apuramento que esteve perfeitamente ao seu alcance. E, contudo, foi uma ideia que só no final do jogo - a meio dele, vamos lá - ganhou consistência, uma vez que, por circunstâncias diversas, não era essa a convicção antes da partida.
De facto, as ausências dos habituais titulares do eixo da defesa, Carriço e Tonel, a forma pouco exuberante dos seus substitutos, o "remendo" de Pedro Silva, na esquerda, e a inesperada suspensão de Izmailov constituíam contrariedades que faziam admitir o pior. Uma ideia que mais se enraizou quando Aguero assinou o 0-1 e, um pouco mais adiante, o 1-2.
Porém, a temida irredutibilidade espanhola, que os golos pudessem ajudar a construir, nunca chegou a verificar-se. Às desvantagens respondeu sempre o Sporting (por Liedson e Veloso), deixando no ar a impressão de que qualquer manifestação de maior ductilidade, digamos assim, não era exclusiva de nenhuma das partes. E de que os golos, por reflexo, poderiam continuar a surgir com toda a naturalidade.
Mas não foi isso que aconteceu. No 2º tempo, Carvalhal ainda trocou o defesa P.Silva por Vukcevic, mas apesar do intenso domínio, o Sporting não conseguiu alterar o 2-2 do intervalo. Nem Aguero ou, depois, Forlán repetir a proeza do 1º período. Beneficiando do nulo de Madrid, o Atlético passou mas não convenceu. O Sporting foi, de longe, superior.
Jorge Jesus não fez quaisquer poupanças no escalonamento da equipa, tendo em conta a partida de domingo com o FC Porto. O jogo europeu justificava a prioridade e se o "cérebro" Aimar não actuou agora de início tal ficou a dever-se à preferência do técnico pelo estilo mais agressivo de Carlos Martins, considerando as características da defensiva contrária.
Pode dizer-se que o Benfica jogou como se em sua casa estivesse. Controlando a meio terreno e explorando bem as faixas - sobretudo a esquerda, onde Di Maria voltou a dar espectáculo, bem auxiliado pelo outro esquerdino, Coentrão - a equipa portuguesa tomou conta do jogo, com o Marselha a optar por uma posição de maior expectativa, dado que o nulo inicial só ao Benfica não convinha.
E mesmo quando Niang e Brandão se atreviam a maiores incursões, o Benfica sabia fechar bem, raramente consentindo veleidades. Um remate perigoso de Lucho constituiu excepção, fazendo recordar lance semelhante ocorrido na Luz. Muito pouco, se comparado com o caudal ofensivo dos encarnados, que atiraram ao poste (Cardozo) e, entre outros apertos, viram Ramires ser empurrado na área.
Na 2ª parte, o Benfica continuou mais ameaçador, Luisão falhou uma boa ocasião, mas foi o Marselha a adiantar-se com um golo de Niang, após insistência de Brandão. Nada de preocupante. Afinal, se antes já o Benfica necessitava de um golo, de um golo continuou a necessitar, após o 1-0. E não foi coisa que não se arranjasse. Cinco minutos depois, Maxi encheu o pé e pôs tudo empatado.
Ao contrário do Marselha, que parecia apostar no prolongamento, o Benfica tentou logo ali ganhar o jogo. As entradas de Aimar e, depois, de Kardec mantiveram a equipa na mó de cima, os lances de perigo junto à baliza de Mandanda sucederam-se e, mesmo a fechar, o tal Kardec arrumou a questão.
Depois de um banho de futebol (e do mau perder do Marselha), o Benfica qualificou-se com toda a justiça, acabando de vez também com a velha história da mão de Vata. Ontem, não houve lugar para desculpas.
Em Alvalade, o Sporting deixou escapar um apuramento que esteve perfeitamente ao seu alcance. E, contudo, foi uma ideia que só no final do jogo - a meio dele, vamos lá - ganhou consistência, uma vez que, por circunstâncias diversas, não era essa a convicção antes da partida.
De facto, as ausências dos habituais titulares do eixo da defesa, Carriço e Tonel, a forma pouco exuberante dos seus substitutos, o "remendo" de Pedro Silva, na esquerda, e a inesperada suspensão de Izmailov constituíam contrariedades que faziam admitir o pior. Uma ideia que mais se enraizou quando Aguero assinou o 0-1 e, um pouco mais adiante, o 1-2.
Porém, a temida irredutibilidade espanhola, que os golos pudessem ajudar a construir, nunca chegou a verificar-se. Às desvantagens respondeu sempre o Sporting (por Liedson e Veloso), deixando no ar a impressão de que qualquer manifestação de maior ductilidade, digamos assim, não era exclusiva de nenhuma das partes. E de que os golos, por reflexo, poderiam continuar a surgir com toda a naturalidade.
Mas não foi isso que aconteceu. No 2º tempo, Carvalhal ainda trocou o defesa P.Silva por Vukcevic, mas apesar do intenso domínio, o Sporting não conseguiu alterar o 2-2 do intervalo. Nem Aguero ou, depois, Forlán repetir a proeza do 1º período. Beneficiando do nulo de Madrid, o Atlético passou mas não convenceu. O Sporting foi, de longe, superior.
Artigo de opinião por Rui Tovar
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